5 respostas sobre OKR para convencer (e ajudar) você a usar essa abordagem
Você sabe o que é um objetivo útil?
Pra mim, um objetivo útil para um negócio é a descrição de uma situação desejada que é: significativa, mensurável e aderente a vida real.
Uma das formas de criar objetivos úteis (que tornam estratégias concretas e aderentes aos valores e contexto do negócio) é usando OKRs.
Abaixo estão cinco repostas para perguntas comuns sobre OKR que vão ajudar você a entender o que são, para que servem e como você usá-los para fazer seu negócio crescer de forma consistente e sustentável.
1. O que é OKR?
OKR (Objective and Key Results, ou Objetivos e Resultados-chave) é uma abordagem de gestão estratégica executada em ciclos de cerca de 60 a 90 dias.
Um ciclo inicia com a definição de objetivos, baseados nos valores do negócio, e de resultados-chave que serão monitorados e servirão como meta para a realização de um objetivo no período do ciclo.
- Valores, no contexto de OKR, referem-se ao porquê seu negócio existe. São o que justificam e inspiram os objetivos;
- Objetivos são o que seu negócio quer alcançar;
- Resultados-chave são como seu negócio vai medir o progresso da realização de um objetivo. São como metas que precisam ser alcançadas para construir um caminho da situação atual para a situação desejada.
2. Por que OKR é relevante?
Porque é uma abordagem simples de gestão estratégica baseada em teorias consolidadas 1 e evidências práticas 2 em diversos tipos de negócio.
O OKR parte de uma perspectiva bottom up adequada à Cultura Ágil de organizações que precisam lidar com o desafio de crescer de forma consistente, sustentável e baseada em inovação.
3. Para que servem?
Os OKRs servem para tornar a estratégia de um negócio concreta, executável e relevante.
- Concreta porque transforma o diagnóstico em objetivos e ações coerentes;
- Executável porque garante que os objetivos sejam realistas e medidos por meio de resultados-chave;
- Relevante porque sugere um ciclo de 90 dias, de modo que você e sua equipe possam avaliar e atualizar a estratégia se necessário; e porque propõem que vocês criem objetivos significativos e alinhados com os valores do negócio.
4. Como criar e usar OKRs?
Comece fazendo as seguinte perguntas a si próprio e sua equipe:
- Quais são as coisas mais importantes que precisamos realizar?
- Como descreveríamos a situação desejada?
- O que precisamos para começar?
Depois de responder a essas perguntas, faça uma lista de potenciais objetivos considerando que eles precisam ser:
- Significativos: demonstram um avanço da situação atual para a desejada;
- Realista: podem ser executados dentro do período e com os recursos disponíveis;
- Simples: escritos de forma direta e objetiva, de forma que sejam fáceis de lembrar e inspirem ação.
5. Como seria um exemplo de OKR relacionados à vendas e um relacionado a outra área?
Vendas |
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O: Alcançar uma nova escala de operação superando a barreira de 1000 clientes ativos |
KR1: Gerar 100 leads por semana usando marketing de conteúdo e relacionamento com parceiros |
KR2: Fazer 20 demonstrações do produto por semana a leads qualificados |
KR3: Escalar infraestrutura e processos para suportar 1000 clientes ativos |
Infraestrutura |
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O: Aumentar eficiência operacional do sistema para reduzir custo e melhorar performance |
KR1: Fazer upgrade dos sistemas de telemetria e monitoramento de infraestrutura |
KR2: Migrar infraestrutura para servidores autoescaláveis com provisionamento anual |
KR3: Identificar e refatorar as 2 ferramentas que exercem maior pressão sobre a infraestrutura |
Notas
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O conceito de OKR está relacionado à abordagem de gestão MBO (Managing By Objectives) concebida por Peter Drucker na década de 50. No entanto, apesar das duas abordagens usarem conceitos semelhantes, elas são executadas de perspectivas diferentes, sendo o OKR mais aderente à cultura organizacional bottom up, em que todos participam da criação da estratégias e objetivos. ↩
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OKRs são usados há décadas por organizações inovadoras em diferentes setores e foram popularizados por John Doerr a partir do Vale do Silício, onde ele guiou empresas como Google na adoção dessa prática. ↩